Atenção, alunos! Fiquem atentos!
Eliana Português
quarta-feira, 23 de abril de 2014
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Exercicios sobre verbos
Revisão para prova dia 1º de Julho 2º ano Ensino Médio
Assunto: verbos
01. (MED – SANTOS) Assinale a frase
inteiramente correta:
a) Se você requisesse e seu advogado
intervisse, talvez reavesse todos os seus bens.
b) Se você requeresse e seu advogado
interviesse, talvez reouvesse todos os seus bens.
c) Se
você requizesse e seu advogado intervesse, talvez reaveria todos os seus bens.
d) Se você requisesse e seu advogado
intervesse, talvez reaveria todos os seus bens.
e) Se você requeresse e seu advogado
intervisse, talvez reouvesse todos os seus bens.
02. (MED – SANTOS) A forma que pode estar no
futuro do subjuntivo é:
a) Quando virdes a realidade dos fatos...
b) Se irmos diretamente ao assunto...
c) Quando vos verdes em idênticas
situações...
d) Se susterdes a palavra...
e) Se vós imposerdes a vossa idéia...
03. (UFF) Assinale a frase em que há um erro
de conjugação verbal:
a) Requeiro-lhe um atestado de bons
antecedentes.
b) Ele interviu na questão.
c) Eles foram pegos de surpresa.
d) O vendeiro proveu o seu armazém do
necessário.
e) Os meninos desavieram-se por causa do
jogo.
04. (UFF) Assinale a série em que estão
devidamente classificadas as formas verbais destacadas:
“Ao chegar da fazenda, espero que já tenha
terminado a festa”.
a) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito
do subjuntivo
b) infinitivo, presente do subjuntivo
c) futuro do subjuntivo, presente do
subjuntivo
d) infinitivo, pretérito imperfeito do
subjuntivo
e) infinitivo, pretérito perfeito do
subjuntivo
05. (ENG – MACK) Só muito mais tarde vim, a
saber, que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ ninguém que
______________.
a) detera; houve; os ajudasse;
b) detivera; houve; os ajudasse;
c) detera; teve; ajudasse eles;
d) detivera; houve; ajudasse eles;
e) detivera; teve; os ajudasse.
06.
(FEB) “Ele ___________ o carro a tempo, mas não ____________ a irritação e
___________ - se com o outro motorista”.
a) freou – conteve – desaveio
b) freiou – conteu – desaveu
c) freou – conteve – desaviu
d) freiou – conteve – desaveio
e) N. D. A.
07. (FEB) Assinale a alternativa que completa
adequadamente as lacunas:
“Visto que a democratização do ensino é uma
necessidade, a escola pública ___________ de ser realmente apoiada e defendida,
embora muitos _______________ pois abaixamento de nível”.
a) tenha – contestem – haveria
b) tem – contestam – há
c) tem – contestam – haveria
d) tem – contestem – haveria
e) N.D.A.
08. Se ele _________, não ___________ de
rogado, ___________ que não os receberei.
a) vir – te faças – diz-lhe
b) vier – te faz – diz-lhe
c) vir – te faça – dizer-lhe
d) vier – te faças – dize-lhe
e) ier – te faças – diga-lhe
09. (CESGRANRIO) No trecho: “...fui obrigado
a dá-lo de presente a um bandido, seu amigo, quando, provou que completara na
véspera o seu vigésimo nono assassinato”, o mais-que-perfeito foi empregado com
seu valor normal; na linguagem literária ele pode também aparecer no valor de:
a) imperativo afirmativo
b) pretérito imperfeito do subjuntivo
c) pretérito perfeito do indicativo
d) infinito pretérito
e) futuro do pretérito composto
10. (CESGRANRIO) “Acesas” é particípio
adjetivo de “acender”, verbo chamado abundante, porque possui dupla forma de
particípio (acendido e aceso). Em abundância, que é geralmente do particípio,
em alguns verbos ocorre em outras formas. Assim, por exemplo, é o caso de:
a) coser
b) olhar
c) haver
d) vir
e) dançar
segunda-feira, 10 de junho de 2013
30 dicas para escrever bem
30 dicas para escrever bem
1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então valeu!
9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.
29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse trem... vixi... entendeu bichinho?
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é
insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então valeu!
9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.
29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse trem... vixi... entendeu bichinho?
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é
insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.
Dissertação
Dissertação
Dissertar é, através da organização de palavras, frases e textos, apresentar idéias, desenvolver raciocínio, analisar contextos, dados e fatos. Neste momento temos a oportunidade de discutir, argumentar e defender o que pensamos através da fundamentação, justificação, explicação, persuasão e de provas. A elaboração de textos dissertativos requer domínio da modalidade escrita da língua, desde a questão ortográfica ao uso de um vocabulário preciso e de construções sintáticas organizadas, além de conhecimento do assunto que se vai abordar e posição crítica (pessoal) diante desse assunto. A atividade dissertadora desenvolve o gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o mundo, de procurar entender e transformar a realidade. Passos para escrever o texto dissertativo O texto deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que o escritor se propôs a alcançar. Há uma estrutura consagrada para a organização desse tipo de texto. Consiste em organizar o material obtido em três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. - Introdução: A introdução deve apresentar de maneira clara o assunto que será tratado e delimitar as questões, referentes ao assunto, que serão abordadas. Neste momento pode-se formular uma tese, que deverá ser discutida e provada no texto, propor uma pergunta, cuja resposta deverá constar no desenvolvimento e explicitada na conclusão. - Desenvolvimento: É a parte do texto em que as idéias, pontos de vista, conceitos, informações de que dispõe serão desenvolvidas; desenroladas e avaliadas progressivamente. - Conclusão: É o momento final do texto, este deverá apresentar um resumo forte de tudo o que já foi dito. A conclusão deve expor uma avaliação final do assunto discutido. Cada uma dessa partes se relaciona umas com as outras, seja preparando-as ou retomando-as, portanto, não são isoladas. A produção de textos dissertativos está ligada à capacidade argumentativa daquele que se dispõe a essa construção. É importante destacar que a obtenção de informações, referentes aos diversos assuntos seja através da leitura, de conversas, de viagens, de experiências do dia-a-dia e dos mais variados veículos de informação podem sanar a carência de informações e consequentemente darem suporte ao produzir um texto.
Além de ser o tipo de texto mais exigido em provas e concursos em todo o Brasil, a dissertação também é um dos textos mais simples de se redigir. Começando pela estrutura dele e finalizando pelo tipo de linguagem empregado, é um texto que pode ser estudado e familiarizado com estudantes de diversos níveis. Para se produzir um texto dissertativo são necessárias algumas habilidades, que estão ao alcance de todos a serem adquiridas:- Conhecimento do assunto a ser abordado, a fim de aplicar precisão e certeza àquilo que está sendo escrito.- Habilidade com a língua escrita, de maneira que se possa fazer boas construções sintáticas, uso de palavras adequadas e relações coerentes entre os fatos, argumentos e provas.- Boa organização semântica do texto, ou seja, organização coerente das idéias aplicadas à dissertação, para que as mesmas possam facilmente ser apreendidas pelos leitores.- Bom embasamento das idéias sugeridas, boa fundamentação dos argumentos e provas. Para se entender o que é uma redação dissertativa, devemos distinguir os dois tipos de dissertação existentes: a dissertação expositiva e a dissertação argumentativa. Dissertação expositiva – como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em que se expõem as idéias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com que o leitor os considere coerentes e não fazê-lo concordar com eles. Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a idéia ou ponto de vista exposto, isso se faz através de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc. Há algumas maneiras de se organizar uma dissertação, que podem ajudar na hora de iniciar o seu texto:
1 - Você pode transformar o tema em um questionamento, e ao longo do texto tentar responder da melhor maneira possível a essa questão.
2- Uma outra maneira de desenvolver o seu texto é expondo os contra-argumentos, ou seja, expondo as antíteses possíveis à sua tese.
3- Uma outra alternativa seria fazer uma relação entre causa e conseqüência, para que assim se possa ir do início ao fim do problema, olhá-lo como um todo e com isso ir construindo uma opinião.
Dicas para escrever uma boa dissertação
· Só abordar na introdução e na conclusão o que realmente estiver no desenvolvimento;
· Evitar períodos muitos longos ou seqüências de frases muito curtas;
· Evitar, nas dissertações tradicionais, dirigir-se ao leitor;
· Evitar as repetições exageradas e umas próximas das outras, tanto de palavras, quanto de informações;
· Manter-se rigorosamente dentro do tema;
· Evitar expressões desgastadas, "batidas";
· Utilizar exemplos e citações relevantes;
· Fugir das palavras muito "fortes";
· Evitar linguagem rebuscada;
· Não ser radical;
· Ter cuidado com palavras duvidosas como coisa e algo, por terem sentido vago; prefirir elemento, fator, tópico, índice, ítem, etc.
· Após o titulo de uma redação não colocar ponto;
· Não usar questionamentos no texto, sobretudo na conclusão;
· Jamais usar a primeira pessoa do singular ou plural, a menos que haja uma solicitação do tema;
· Repetir muitas vezes as mesmas palavras empobrece o texto; lançar mão desinônimos e expressões que representem a idéia em questão;
· Somente citar exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar, fazendo somente uma breve menção;
· Ser direto e objetivo;
· Nunca usar palavrões;
· Não usar itens pessoais na sua dissertação.
sexta-feira, 29 de março de 2013
Resumo do Livro amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Este resumo servirá para auxiliá-los na leitura do livro.
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Escrito
em 15 dias, Amor de Perdição (1863) não pode ser lembrado apenas como o mais
bem acabado exemplo de novela passional, em que predomina o descabelamento
amoroso e as paixões desenfreadas. Deve-se também destacar o mérito de possuir
uma narrativa enxuta, concisa e extremamente criativa na invenção de obstáculos
e peripécias, tornando o texto dinâmico, ágil.
A
história inicia-se apresentando Domingos José Correia Botelho de Mesquita e
Meneses, magistrado que em 1779 consegue com a graça da Rainha D. Maria, a
Louca, casar-se com D. Rita Teresa Margarida Preciosa da Veiga Caldeirão
Castelo Branco, ex-aia, pais do protagonista. É normal em Camilo, assim como em
boa parte do Romantismo, essa preocupação com datas, genealogias e citações de
documentação histórica, em nome de uma maior verossimilhança possível.
Já
se nota nesse início o caráter espirituoso do narrador ao apresentar as
desventuras de D. Rita, perdida, por causa de seu esnobismo, em meio à
província. Além de as situações ridículas, criadas por ela, servirem de humor,
há uma leve intenção de ataque à nobreza decadente e empolada. Não se trata de
uma crítica social amarga no tom do Realismo. Camilo Castelo Branco desprezava
romances que se dedicavam a isso. Na verdade, sua censura tem tom idealista,
pois despreza as questões de honra ditadas pelo nome e pelo dever, dando
atenção aos que fossem ditados pela honra do coração, que lhe seria mais
autêntica. É uma temática a ser enfocada em mais outros momentos dessa obra,
como na caracterização do segundo filho desse casal, Simão Botelho, justamente
o protagonista. De início, já irrita sua mãe quando despreza o peso do nome e
convive com pessoas das classes baixas. Talvez seja um alter ego do autor.
Um
episódio tornou Simão célebre, configurando seu caráter. Um empregado de sua
família fora colher água junto a uma fonte e acabou, sem querer ou não,
quebrando alguns jarros (“cântaros”) dos Albuquerque. Os empregados dessa
família começaram a bater no transgressor, até o instante do surgimento do
protagonista, que não só arranjou briga com os agressores, como também quebrou
todos os cântaros deles. Uma confusão gigantesca da qual Domingos Botelho teve
enorme trabalho para se desvencilhar.
Não é à toa que arranjou mais confusão em
Coimbra, em que estuda, principalmente quando passou a defender os postulados
da Revolução Francesa, por causa dos quais acaba sendo preso. Mais trabalho
para o pai. Esses elementos, no entanto, não indicam um caráter arruaceiro,
irresponsável da personagem. Na realidade, fazem de Simão um modelo do
Romantismo e de sua paixão, fúria ("Sturm und Drag", para os alemães)
em defesa de novos ideais, ou mais do que isso, de uma nova vida.
Mas
o herói sofre uma mudança radical, tornando-se calmo e aéreo. É que está
apaixonado por uma vizinha, Teresa Albuquerque, que conhecera quando, de
férias, havia voltado à sua casa. Começam as complicações. A família
Albuquerque era, muito antes do episódio dos cântaros, inimiga dos Botelho,
porque Domingos, como juiz, havia tomado inúmeras decisões, prejudicando-a.
Temos, pois, o esquema do amor impossibilitado por causa da inimizade familiar.
Mesmos
cientes desse obstáculo, os enamorados vão manter contato por meio de cartas
que terão uma mendiga como intermediária. É interessante notar que muitas vezes
essa forma de correspondência aparece para contribuir na narração, o que é um
expediente muito comum no Romantismo. Constitui-se o que se poderia chamar de
romance epistolar. A intenção é fazer com que a literatura, anteriormente
clássica e distante do dia-a-dia, viesse para o chão, para o cotidiano. É mais
uma técnica de busca de verossimilhança.
Tadeu
Albuquerque, pai de Teresa, arranja Baltazar para se casar com ela. Planeja,
dessa forma, impedir uma união que considera criminosa. Um dos argumentos
utilizados pelo nobre foi o afamado episódio dos cântaros. Talvez haja aqui um
tema crucial, pois a análise do nobre baseou-se numa visão incompleta sobre
Simão. Não via que o jovem, apaixonado, mudou radicalmente de comportamento,
tornando-se quieto e dedicado aos estudos. O grande crime, denunciado no texto,
é o desrespeito à totalidade do indivíduo. Simão não é só o explosivo e
arruaceiro.
A
defesa do indivíduo é uma das bases do Romantismo, abrindo caminho para o
egocentrismo, sentimentalismo exacerbado, a natureza expressiva da emoção,
nativismo e tantas outras características dessa escola. Mas nessa obra a defesa
da noção de indivíduo é vista na maneira como o amor é encarado. Teresa recusar
casar-se com Baltazar significa que ela é que é quem vai escolher seu cônjuge,
não seu pai. O amor a faz tornar-se independente do pai, a faz tornar-se um
indivíduo independente.
Talvez
por causa disso o amor tenha-se tornado, nessa obra, uma religião, a dar à
narrativa um fundo trágico em que os protagonistas viram mártires. Tal aspecto
"religioso" é que explica a fúria dessa paixão, baseada apenas em
trocas de correspondências, contatos visuais e brevíssimos encontros. É como se
o relacionamento fosse uma sagrada eleição de almas em que a posse física
acabaria tornando-se um sacrilégio.
Esse
ideal remonta ao século XIV, principalmente à obra Tristão e Isolda. Época bem
distante do Romantismo, mas em que a noção de indivíduo - assim como os ideias
burgueses - estava sendo germinada. Mas há outras análises a serem feitas,
quando se tem em mente que estamos em Portugal, em pleno século XIX. O furor
desse sentimento parece representar a luta feroz da conquista da noção de indivíduo
em meio a um ambiente opressor, tanto absolutista - o que é mais óbvio - quanto
o constitucionalista. Em vários momentos percebemos na obra que a lei pode ser
facilmente usada para oprimir a pessoa em meio a universo de arbitrariedade.
Assim, não há espaço para a liberdade do indivíduo nesse mundo. Ou,
simbolicamente, não há espaço para o amor em sua plenitude. O que fazer? A
resposta a essa pergunta vislumbra-se de forma trágica e assustadora.
Enfim,
Tadeu propõe à sua filha o casamento com Baltazar. Como esta recusa, ele a
ameaça com o convento, que ela aceita. Mais tarde é Baltazar quem pressiona a
própria prima, com a alegação de que estava disposto a tudo para
"salvá-la". A moça não muda de idéia e comunica a Simão, por meio de uma
carta, tudo o que ocorreu. O jovem fica mais irritado com a intromissão do
primo e, agarrando-se às suas pistolas, sente o ímpeto de matar o opositor.
Essa citação constante às armas do herói dá mais verossimilhança à narrativa,
pois indica que nada vai ocorrer gratuitamente, tudo estava no campo do
possível. Além disso, essas armas são o desejo desesperado do "eu"
fazer sua vontade furar um espaço no meio opressor.
Simão,
cego de desespero, decide sair de Coimbra (onde estudava) e ir para Viseu. Com
a ajuda de um arrieiro, hospeda-se na casa do ferrador João da Cruz, figura curiosa que ajuda o apaixonado porque
tem uma dívida de vida com Domingos Botelho. Tempos atrás, o ferreiro havia se
metido num desentendimento. Seu oponente teve a intenção de matá-lo. Em
legítima defesa, João da Cruz acabou-se tornando um assassino e seria condenado
à forca, se não tivesse - por meio de um expediente meio desonesto (citou a
santa de devoção do magistrado para conseguir atenção) - explicado seu caso ao
juiz e conseguido a inocência.
Cabe
aqui outra observação à ética camiliana. João da Cruz deve a vida à família
Botelho. Mas também recebeu, num momento de aperto, o apoio financeiro da
família de Baltazar. E justo esse jovem havia pedido ao ferrador para matar
Simão Botelho. Em primeiro lugar (voltamos à questão dos julgamentos apressados
que desrespeitam a integridade do indivíduo), o ferreiro ficou chateado: matara
alguém em legítima defesa, mas isso não autorizaria alguém a achar que era um
assassino de aluguel. Além disso, ao recusar ajudar Baltazar e desejar de
coração apoiar Simão, deixa claro qual é o seu universo de valores.
Mais
três elementos devem ser lembrados. Primeiro está no campo da linguagem.
Deve-se notar que os protagonistas usam linguagem nobre, mas o colorido fica
para personagens secundárias, principalmente João da Cruz. É crucial observar
como sua fala é cheia de ditados e expressões populares. Manipular tão bem
níveis de linguagem distintos revela a maestria do autor. Um segundo ponto
importante é notar que a filha do ferrador, Mariana, mostra-se muito preocupada
com Simão, com quem simpatizou já à primeira vista. E, terceiro aspecto, ela é
quem revela um presságio que tem de que as dificuldades de Simão estavam só
começando. Reforça-se, com essa visão fatalista, o caráter religioso que o amor
assume.
O
narrador conduz com eficiência o leitor para o suspense do primeiro encontro,
frustrado, pois à hora marcada havia festa na casa de Teresa – o pai dela foi
convencido a dar vida social à filha, para que esquecesse Simão. Ainda assim,
Baltazar, desconfiado, descobre, vigiando a prima, o estratagema. Mas não sai
vitorioso, pois Simão está em companhia de João da Cruz e do arrieiro. No
entanto, fica-se sabendo que irá armar uma emboscada para o dia seguinte, o que
arrasta o leitor para o capítulo seguinte.
A
emoção é marcante nesse segundo encontro. Perde-se o fôlego com a agilidade da
narrativa, o colorido dos diálogos e com o elemento surpresa constante. No fim,
graças a João da Cruz Simão escapa da emboscada, apenas com um ferimento no
ombro. E dois dos empregados de Baltazar acabam assassinados, um deles, após
ter-se entregado, por João da Cruz – apesar de Simão pedir em contrário – para
que não ficassem testemunhas (é interessante a lógica do ferrador, validando a
morte em nome da própria sobrevivência).
Mais
uma vez palmas para o narrador: após tanta emoção, a narrativa relaxa. É a
pausa necessária para que se retome fôlego. Simão fica na casa de João da Cruz
para se tratar da ferida. Note que Mariana dá bandeira em relação aos seus
sentimentos quando desmaia ao ver o jovem machucado, justo ela que havia
cuidado de piores feridas no pai. Além disso, o ferrador pede para que ela
trate o hóspede como um marido, o que deixa a moça avermelhada.
Nesse
mesmo intervalo Teresa é colocada em um convento, em Viseu mesmo. No meio do
caráter trágico da narrativa, há um delicioso arejamento, pois essa instituição
religiosa apresenta freiras ligadas a sexo, álcool, intrigas e fofocas. Os
diálogos mostram-se impagáveis.
A
narrativa volta a ganhar, aos poucos e de forma adequada, ritmo quando João da
Cruz percebe que Simão está sem dinheiro. É quando o narrador, numa saborosa
metalinguagem, tece um comentário sobre um assunto tão incompatível com o
heroísmo romântico. É também o momento em que se percebe a oscilação que
acompanhou toda a carreira de Camilo Castelo Branco: a indecisão entre
idealismo e materialismo. Há obras em que o primeiro elemento vence – é o caso
do próprio Amor de Perdição. Em outras, triunfa o segundo eixo, como em
Coração, Cabeça e Estômago. Mas é interessante notar a convivência dos dois no
presente livro em análise.
A
solução é jogada para o capítulo seguinte, para segurar a atenção do leitor.
Mariana dá o dinheiro de suas próprias economias. E para disfarçar, faz o pai
sair de casa e simular que tinha sido chamada pela mãe de Simão. Era a deixa
para inventar a desculpa de que D. Rita, por algum meio, ficara sabendo da
presença do filho e resolvera ampará-lo.
Se
tanta dedicação de Mariana já havia, há tempos, chamado a atenção do leitor, a
Simão começava a levantar desconfiança. Mas, por enquanto, ele eleva a filha do
ferrador à condição de sua irmãzinha. É uma maneira de ter a menina o
suficiente próximo, mas o suficiente distante.
Volta-se
à calma. Ninguém tinha pistas sobre a autoria dos assassinatos dos empregados
de Baltazar. Este, por sua vez, achara por bem não levantar escândalo. E Teresa
conseguia um esquema de continuar se correspondendo com Simão, burlando as
proibições expressas de seu pai. O único elemento que foge ao normal são as
próprias cartas da menina, contraditórias, ora transmitindo esperança, ora
desencanto.
No
entanto, a vida de um romance pede agitação, e ela vem, seguindo as previsões
de Mariana, sempre em seu aspecto místico e fatalista. Uma freira, bêbada,
acaba falando demais e delata o estratagema de Teresa. A mendiga, por causa
disso, é seguida. Além de apanhar, interceptam sua correspondência, que é
entregue nas mãos do pai de Teresa. Furioso com a descoberta, determina a
transferência da menina para outro convento, no Porto, em que estará sob a
guarda de uma tia freira.
A
sorte, ou azar, é que Mariana acaba-se oferecendo como intermediária. É quando
recebe o recado de Teresa sobre a transferência. Informa ainda que Simão não
deveria aparecer, pois estava combinada uma escolta composta por vários
parentes, entre eles Baltazar. Esse nome foi o detonador da fúria cega de
Simão.
Na
hora da saída de Teresa, a tragédia consuma-se. Simão desentende-se com
Baltazar. Este voa sobre o pescoço do herói, mas acaba recebendo um tiro na
cabeça. Saldo: Baltazar assassinado, Teresa desmaiada, Simão voluntariamente
preso.
A
notícia causa rebuliço enorme na casa dos Botelho, abafado pelo caráter
absolutista do pai, que entregará o infeliz ao lado mais duro da lei. No meio
desse transe é que D. Rita escreve uma carta ao filho em que chega a afirmar
“Oxalá que tivesses morrido ao nascer!”. Simão de fato quase morrera ao nascer,
mas por milagre sobrevivera. Entra mais
uma vez a questão do fatalismo: era destino sobreviver para cumprir a sina por
que estava passando.
O
engraçado é notar que na carta a mãe mostrava-se surpresa com a presença do
filho em Viseu, o que desmontava todo o estratagema montado por Mariana e João
da Cruz no episódio da falta de dinheiro. Simão percebe isso, mas o tema não
foi desenvolvido.
Simão
ia ser condenado à forca. Essa notícia provoca uma crise de demência em
Mariana, o que fortalecerá os sentimentos do herói por ela. O pior é que o pai
do herói insistia em não ajudar em nada. Tanto que, não aguentando as lamúrias
da família, auto-exilou-se.
No
entanto, de navalha em punho, um tio-avô de 83 anos chantageia: ou a situação
do jovem era aliviada, ou o velho dava cabo de sua própria vida. Domingos
empenha-se e consegue trocar a forca pelo degredo. E nem adiantaram os esforços
e até propostas de suborno de Tadeu Albuquerque.
Simão
é transferido para o Porto, sempre em companhia de Mariana. Como se disse, seus
sentimentos por ela estão mais fortes, tanto que ele começa a se avizinhar de
um dilema. Seu amor por Teresa é certo, correspondido. Mas, e o que fazer do
outro, que Mariana sente por ele?
Teresa,
por sua vez, só pensava em morte, pois estava confinada no convento em
Monchique e distante do seu amado. Chegara até a ficar muito doente. Seu
passamento era questão de horas. No entanto, graças a uma carta de Simão (sim,
mais uma vez furaram todo tipo de bloqueio e voltavam a se corresponder),
pedindo para que ela sustentasse seu fio de vida, acaba afastando tais
pensamentos.
A
preocupação agora parte de Tadeu, pois teme ao saber que os dois estão na mesma
cidade. Vai para Porto disposto a tirar sua filha de Monchique. No entanto, a
menina recusa-se. Inicia-se uma cena engraçada, vexatória e ácida em seu
aspecto crítico. O pai tem uma explosão de fúria, mas tudo inútil: não há como
retirá-la do convento. Poder-se-ia dizer que era um duelo titânico (perdoem o
melodrama, mas a obra inspira) entre o amor e o absolutismo das razões sociais.
Parece ser a única batalha em que o amor venceu no mundo dos homens.
Ocorrem
então alguns delongadores, ou seja, desvios do principal eixo narrativo, com a
função de esticar a trama sem perder a atenção do leitor. Primeiro, notamos que
Mariana já está garantindo um lugar no universo afetivo do protagonista. Entre
os objetos que tem como “relíquias” está o avental que a menina usava quando
fora pronunciada a sentença.
Ocorre
também a volta, por falta de dinheiro, de Manuel Botelho – pai de Camilo
Castelo Branco – da Espanha. Havia desertado para poder fugir com uma mulher
casada. O patriarca Domingos aproveita para desfazer tudo o que o jovem havia
aprontado. Convence a adúltera a abandonar Manuel e voltar para o antigo
marido. Consegue ainda a prisão de seu filho ser preso por deserção. E
tudo debaixo de uma discreta simpatia do
narrador, ou pelo menos sob sua conivência, o que inspira uma comparação.
Tanto
para Simão quanto para Manuel o amor acaba se confundindo com transgressão, com
pecado, merecendo ser castigado. A diferença é que Simão tem saldo positivo, é
visto como digno, ao contrário do seu irmão. Talvez a explicação esteja na já
citada crença no amor como religião. Manuel Botelho é indigno porque profanou
esse dogma, concretizando o seu sentimento. Simão ainda está no campo do ideal,
nunca chegou a concretizá-lo.
A
partir desse instante, a narrativa acelera. João da Cruz acaba sendo
assassinado, como vingança do assassinato de que havia sido inocentado. Mariana
deixa toda a sua herança nas mãos de Simão. Aliás, mais do que isso – como se
verá, deixa o seu destino nas mãos dele.
Um
fato elogiável: diante de atitude tão exagerada, Simão joga limpo com a moça,
pois deixa claro que não sabe o que pode dar a ela. Interessante é notar que
ele nunca disse que não gostava de Mariana, apenas que havia alguém na frente
dela. Talvez por isso a moça alimente uma esperança, ainda mais porque sabe que
Teresa está muito doente. Pacientemente parece esperar ocupar uma vaga no
coração de Simão, que acompanhará no degredo. No entanto, diz ao jovem que não
espera nada. É o silencioso jogo da sedução.
É
digno de nota um certo quê de egoísmo de Simão. Quando Mariana recebeu a
notícia da morte de João da Cruz, o baque tinha sido terrível. Simão, ainda
assim, fazia questão de pedir que ela agüentasse, por ele. Podia ser apenas um
recurso de convencimento – ela fazia tudo pelo herói mesmo. Mas surge outro
episódio a reforçar uma tendência narcisista do protagonista. Teresa pede para
que Simão troque o degredo pela prisão, pois ela sente que, longe, ela morreria
e, pior, ele a esqueceria. Simão, deixando claro que já havia passado quase
três horríveis anos na prisão, diz que prefere o degredo. Deixa a moça sem
saída.
Enfim,
Simão embarca para a Índia, acompanhado de Mariana. É quando recebe, por meio
do comandante, dinheiro de D. Rita, que faz questão de distribuir entre os
outros passageiros. Mais uma vez a honra do dever (mãe) é desprestigiada diante
da honra do coração (Mariana, a única pessoa de quem aceitava dinheiro). No
mirante do convento de Monchique Teresa vê Simão. Agitando um lenço, despede-se
de seu amado e morre. Antes, havia reunido as cartas que recebera dele e
enviado ao seu noivo espiritual, junto de uma última, de despedida.
A
notícia da morte da moça chega logo depois, por meio do comandante. Simão e,
não é ousado dizer, conseqüentemente Mariana passam a esperar a morte. O jovem
põe-se a ler a carta de Teresa, que tem o efeito fulminante de derrubá-lo, como
se o chamasse ao outro mundo e à satisfação de todos os sonhos de amor. Típico
do Romantismo, esse era o único meio para a plenitude desse sentimento. Há quem
possa enxergar – e não estará de todo errado – que na realidade esse é o
castigo para tamanho amor (ou individualismo?), que afrontava as leis da terra.
Simão
cai numa febre terrível. Mariana, enquanto cuida do companheiro, envelhece
espantosamente. Nove dias o herói passa em agonia. Ao final, morre, apertando
sua mão na da companheira, que em troca lhe dá o único beijo de sua vida – no
rosto.
O
corpo de Simão é atirado ao mar. Dramaticamente, Mariana agarra-se ao cadáver,
pondo fim à sua própria vida. E as cartas de Simão e de Teresa, que o jovem pediu
que Mariana reunisse para serem atiradas ao oceano com a sua morte, acabam
boiando, sendo resgatadas. Tornam-se a base do romance.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Trabalho de Estudos Orientados Presenciais 1º ano Ensino Médio
E. E. “Maurílio Albanese Novaes”
Natureza do trabalho:
Estudos Orientados Presenciais Disciplina: Português Valor:
40,0 pontos
Professora: Eliana Maria Data __/___/2012
Aluno:
__________________________ Nº ____ Série 1°
Turma ______
“Não desampares a
sabedoria, e ela te guardará; ama-a e ela te protegerá... em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se
correres não tropeçarás”. Provérbios 4.6,12
|
Instruções
- Este trabalho deverá ser manuscrito.
- Não será aceito trabalho com rasuras, nem folhas amassadas ou
dobradas.
- Perguntas e respostas feitas a caneta.
Usar cores diferentes para separar pergunta de resposta (azul ou preta).
- Resolva as questões, estude, reveja as atividades feitas.
- Procure o professor em caso de dúvidas.
- Muito capricho e bom trabalho!
1 – Responda: O que é literatura?
2 – Definir as funções hedonistica e
catártica da literatura.
3 - O que é gênero textual?
4
–
Caracterize:
a)
Gênero lírico
b)
Gênero
épico
c)
Gênero
dramático
d)
Gêneros
narrativos modernos
5 – Conceitue:
a)
Linguagem
verbal e não verbal.
b)
Linguagem
mista
c)
Linguagem
digital
d)
Locutor,
locutário e interlocutores
e)
Variedade
linguística, variedade padrão, variedade não padrão e gíria
6 – Elabore um quadro resumo com as
características das cantigas trovadorescas.
7 – Cite as características do Classicismo.
8
- O que foi Barroco?
9
- Cite os aspectos identificados na produção literária do Barroco Português.
10
- Gregório de Matos cultivou 3 vertentes da poesia lírica. Cite-as.
Leia o texto:
A
Christo S. N. Crucificado estando o poeta na última hora de sua vida.
Meu Deus, que estais pendente em um madeiro,
Em cuja lei protesto viver,
Em cuja santa lei hei de morrer
Animoso, constante, firme, e inteiro.
Neste lance, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minh vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um Pai manso Cordeiro.
Mui grande é vosso amor, e meu delito,
Porém pode ter fim todo o pecar,
E não o vosso amor, que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar,
Que por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
11. No poema anterior, como em vários outros
da lírica religiosa de Gregório de Matos, o poeta explora algumas ambiguidades
inerentes à doutrina católica. Assinale a alternativa correta quanto à presença
dessa característica no poema.
a) O eu-lírico manifesta sua desconformidade
com a doutrina católica, protestando contra o fato de ter de viver na "lei
de Deus" (primeira estrofe).
b) O eu-lírico confia no perdão divino,
escudado no argumento de que o pecado, por maior que seja, é finito, enquanto o
amor de Deus é, necessariamente, infinito (terceira e quarta estrofes).
c) O eu-lírico, descontente com a própria
sorte, é cético quanto à possibilidade de que Jesus interceda, no momento
crucial de sua morte, em seu favor (segunda estrofe).
d) O eu-lírico argumenta em favor de si mesmo
ao recordar que a razão o leva a acreditar em Deus, mas a emoção, em conflito,
leva-o a descrer e a pecar, e) O eu-lírico é irônico ao considerar
"santa" a lei de Deus, e afirma que, apesar dela, morrerá fiel aos
seus próprios princípios (primeira estrofe).
12 - Com
referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto:
a) O Barroco estabelece contradições entre
espírito e carne, alma e corpo, morte e vida.
b) O homem centra suas preocupações em seu
próprio ser, tendo em mira seu aprimoramento, com base na cultura greco-latina.
c) O Barroco apresenta como característica
marcante, o espírito de tensão, conflito entre tendências opostas: de um lado,
o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo renascentista.
d) A arte barroca vincula-se à
Contra-Reforma.
e) O Barroco caracteriza-se pela sintaxe
obscura, uso de hipérboles e de metáforas.
13 - Assinale a alternativa incorreta.
a) O Cultismo, ou Gongorismo, é a vertente
barroca voltada para as imagens, a manipulação verbal, a ornamentação estilística.
b) O Conceptismo é a vertente barroca voltada
para o jogo de idéias, a argumentação sutil que visa a convencer pelos recursos
da lógica.
c) A linguagem cultista tende ao
rebuscamento, ao preciosismo, pelo acúmulo de figuras (metáforas, antíteses,
hipérboles, sinestesias, hipérbatos, quiasmos, anáforas etc.).
d) A linguagem conceptista é menos rebuscada
que a gongórica, volta-se mais para o conteúdo das palavras, para a essência de
sua significação.
e) Cultismo e Conceptismo são pólos opostos
do Barroco e tendem a ser mutuamente excludentes.
14- Leia o trecho de um sermão, do Padre
António Vieira:
Será porventura o estilo que hoje se usa nos
púlpitos um estilo tão empeçado, um estilo tão dificultoso, um estilo tão
afetado, um estilo tão encontrado a toda parte e a toda a natureza? O estilo há
de ser muito fácil e muito natural. Compara Cristo, o pregar e o semear, porque
o semear é uma arte que tem mais de natureza que de arte.
O objetivo do autor é:
a) destacar que a naturalidade - propriedade
da natureza pode tornar mais claro o estilo das pregações religiosas.
b) salientar que o estilo usado na igreja,
naquela época, não era afetado nem dificultoso.
c) argumentar que a lição de Cristo é
desnecessária para os objetivos da pregação religiosa.
d)mostrar que, segundo o exemplo de Cristo,
pregar e semear afetam o estilo, porque são práticas inconciliáveis.
15- Assinale a alternativa verdadeira sobre
Pe. Vieira e sua obra:
a) Representa o abrasileiramento do estilo
barroco pela incorporação de tupinismos, termos africanos e do falar coloquial
à sua obra.
b) Afastou-se totalmente do Cultismo ou Gongorismo,
atitude que radicalizou a partir do Sermão da Sexagésima.
c) Defendeu o Conceptismo, o primado da
ideia, dos argumentos, da "palavra de Deus" sobre o malabarismo
verbal e sobre o preciosismo estéril.
d) Como jesuíta, concentrou-se nos temas
místicos: a devoção mariana, a elevação espiritual, o afastamento das questões
mundanas.
16 - Assinale o
item verdadeiro sobre a poesia de Gregório de Matos.
a) Escreveu
somente poesias satíricas.
b) Satirizou
duramente os ricos e os poderosos, mas defendeu os pobres e os oprimidos da
sociedade baiana e brasileira.
c) Fez poesia
satírica, lírico-amorosa e sacra, mas notabilizou-se na poesia satírica.
d) Fez poesia
satírica, lírico-amorosa e sacra, mas só a poesia satírica possui qualidades
literárias.
17 - (UFAC/2007)
O Arcadismo brasileiro surgiu por volta de 1700, tingindo as artes de uma
nova tonalidade burguesa, só não se pode afirmar que
a) Tem suas fontes nos antigos grandes
autores gregos e latinos, dos quais imita os motivos e formas.
b) Apresentou uma corrente de conotação
ideológica, envolvida com as questões sociais do seu tempo, com a crítica aos
abusos de poder da Coroa Portuguesa.
c) Legou a nós os poemas de feição épica
Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão e O Uraguai, de Basílio da Gama, no
qual se reconhece qualidade literária destacada em relação ao primeiro.
d) Teve em Cláudio Manuel da Costa o
representante que, de forma original, recusou a motivação bucólica e os modelos
camonianos da lírica amorosa.
18
- Ao caracterizar a poesia de Bocage (1765-1805), o Professor Massaud Moisés
afirma:
“A primeira fase, ou maneira, da poesia
bocageana marca-se pelo influxo maior
das regras e convenções trazidas pelo
neoclassicismo arcádico, sintetizadas no
culto do Fingimento e da Dependência
[...] Então, amargando amores infelizes,
o poeta cerca-se de imagens mitológicas e
clássicas, numa flagrante transposição de seus
infortúnios.” (MOISÉS,
Massaud. A Literatura Portuguesa. 29. ed. São Paulo: Cultrix,
1988. p.
130)
Considerando
o conjunto de características apresentadas
pelo Professor Massaud Moisés, os versos
que correspondem à primeira fase de Bocage
são:
(A) “Ó retrato da morte, ó Noite amiga / Por
cuja
escuridão suspiro há tanto! / Calada
testemunha
de meu pranto, / De meus
desgostos
secretária antiga!”
(B) “Quando à que me rendeu jurava ufano /
Gostar
por ela do funéreo instante, / Dizia a
doce
amada ao terno amante: / ‘Inália
morrerá
se morre Elmano!’ ”
(C) “Aos olhos meus, de prantear cansados, /
Cansados
de velar, teu vôo inclina; / E vós,
sonhos
d’amor, trazei-me Alcina, / Dai-me a
doce
visão de seus agrados:”
(D) “Vagueava o meu bem num ermo agreste, /
Onde
o mocho agoureiro se carpia
[lamentava],
/ Não tão meiga e gentil como
algum
dia, / Mas inda conservava um ar
celeste:”
19 - Considere as afirmativas abaixo,
referentes ao Arcadismo brasileiro:
I. A natureza adquire um sentido de
simplicidade, verdade e harmonia, impondo-se como modelo para a realização do
ser humano.
II. A vinculação ao mundo natural se dá
através de uma poesia de caráter pastoril.
III. Defende-se a imitação da simplicidade
dos autores clássicos, que produziram suas obras na Antiguidade Greco-Romana e no Barroco.
IV. Há uma forte ligação com a Inconfidência
Mineira, pelo fato de poetas como Cláudio Manuel da Costa e Tomás António
Gonzaga terem se envolvido na rebelião contra a metrópole.
V. Os poetas enfatizam a subjetividade, pois
estavam convencidos de que deviam expressar em seus textos sentimentos
intensos, passionais e impulsivos.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) I e III, apenas.
b) I, III, IV e V, apenas.
c) II e V, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
20 – (UFPE) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopéia.
a) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um
suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se
beijam, se dissolvem…” (Drummond)
c) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se
escreveu.” (Clarice Lispector)
d) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de
pia”. (João Cabral de Melo Neto)
(ANHEMBI)
“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”
(Gilberto
Gil – A Novidade)
21 - Gilberto Gil em seu poema usa um
procedimento de construção textual que consiste em agrupar idéias de sentidos
contrários ou contraditórios numa mesma unidade de significação. A figura de
linguagem acima caracterizada é:
a) Metonímia.
b) Paradoxo.
c) Hipérbole.
d) Sinestesia.
22 - (UFPE) Nos enunciados
abaixo, a palavra destacada NÃO
tem sentido conotativo em:
a) A comissão técnica
está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda.
b) Indispensável à boa
forma, o exercício físico detona músculos e ossos, se mal praticado.
c) O melhor tenista
brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em Roland Garros.
d) Sob a mira da
Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das principais emissoras.
23 - Identifique as figuras de linguagem
presentes nas passagens abaixo:
a) A brisa do Brasil beija e balança ( Castro
Alves)
b) Antes de sair, tomamos um cálice de licor.
c) Amou daquela vez como se fosse máquina.
(Chico Buarque)
d) Ela se preocupa tanto com o passado que
esquece o presente.
e) Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu
dinheiro.
f) Como você escreve bem, meu vizinho de 5
anos teria feito uma redação melhor!
g) Já lhe disse isso um milhão de vezes
h) A formiga disse para a cigarra: ” Cantou...agora
dança!”
i) O que o vago e incógnito desejo de ser eu
mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
j) A Amazônia é o pulmão do mundo.
24 - Marque a frase em que deve ser empregada a
primeira das duas palavras que aparecem entre parênteses:
a) Essas hipóteses _________ das circunstâncias
(emergem - imergem)
b) Nunca o encontro na _________ em que
trabalha (sessão - seção)
c) Já era decorrido um _______ que ela havia
partido, (lustre - lustro)
d) O prazo já estava _______ (prescrito -
proscrito);
e) O fato passou completamente ________
(desapercebido- despercebido).
25- Marque a frase que se completa com o segundo
elemento do parênteses:
a) A recessão econômica do país faz com que
muitos _________ (emigrem - imigrem)
b) Antes de ser promulgada, a Constituição já
pedia muitos ________ (consertos - concertos)
c) A ditadura _________ muitos políticos de
oposição; (caçou - cassou)
d) Ao sair do barco, o assaltante foi preso
em___________ (flagrante - fragrante)
e) O juiz _________ expulsou o atleta
violento (incontinenti- incontinente).
26- Marque a alternativa que se completa
corretamente com o segundo elemento do parênteses:
a) O sapato velho foi restaurado com a
aplicação de algumas ________ (tachas-taxas)
b) Sílvio _________ na floresta para caçar
macacos (imergiu-emergiu)
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______
a porta (cerrou-serrou)
d) Bonifácio ________ pelo buraco da
fechadura (expiava-espiava)
e) Quando foi realizado o último ________ ?
(censo- senso).
27 - Marque a alternativa que se completa com o
primeiro elemento do parênteses:
a) A polícia federal combate o _________ de
cocaína (tráfego-tráfico)
b) No Brasil é vedada a ________ racial;
embora haja quem a pratique (discriminação-descriminação)
c) Você precisa melhorar seu __________ de
humor (censo-senso)
d) O presidente _________ antecipou a queda
do muro de Berlim (ruço-russo)
e) O balão, tremelizindo _________ para o céu
estrelado (acendeu-ascendeu).
28- (SANTA CASA) As silabadas, ou erros de
prosódia, são freqüentes no uso da língua. Assinale a alternativa onde não
ocorre nenhuma silabada:
a. Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem
vaidoso.
b. Para mim a humanidade está dividida em
duas metades: a dos filântropos e a dos misântropos.
c. Os arquétipos de iberos são mais pudicos
que se pensa.
d. Nesse ínterim chegou o médico com a
contagem de leucócitos e o resultado da cultura de levêdos.
e. Ávaro de informações, segui todas as
pegadas do éfebo.
29- (FGV-RJ) Assinale a alternativa em que
todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau
b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás
c) buriti, ápto, âmbar, dificil, almoço
d) órfão, afável, cândido, caráter, Cristovão
e) chapéu, rainha, tatu, fossil, conteúdo
30- Complete as lacunas com a expressão
correta (entre parênteses):
“O _______ (cervo - servo) prendia-se nos
arbustos, fugindo dos _______ (cartuchos - cartuxos) que pipocavam por toda a
_______ (área - aria);
a) cervo – cartuxos – área;
b) servo – cartuchos – aria;
c) cervo – cartuchos – área;
d) servo – cartuchos – área;
31 -.O __________ (emérito-imérito) causídico
____________ (dilatou-delatou) o plano de fuga do meliante, que se encontrava
na __________(eminência-iminência) de escapar da prisão:
a) emérito – delatou – iminência;
b) imérito – dilatou – eminência;
c) emérito – dilatou – iminência;
d) imérito – delatou – iminência;
32 - Complete as lacunas usando adequadamente
(mas / mais / mal / mau):
“Pedro e João ____ entraram em casa,
perceberam que as coisas não iam bem,pois sua irmã caçula escolhera um ____
momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus, dois
irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com
os primos e a tia.”
a) mau - mal - mais - mas;
b) mal - mal - mais - mais;
c) mal - mau - mas - mais;
d) mal - mau -mas - mas;
e) mau - mau - mas - mais.
33 - Leia as frases abaixo:
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______
vida em Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros
programas de humor.
4 - ___________ dias que não falo com
Alfredo.
34 - Escolha a alternativa que oferece a
seqüência correta de vocábulos para as lacunas existentes:
a) concerto – há – a – cessões – há;
b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a;
d) concerto – a – há – sessões – há;
e) conserto – há – a – sessões – a .
35- Indique a alternativa que contém a seqüência
necessária para completar as lacunas abaixo:
“A ______ de uma guerra nuclear provoca uma
grande _______ na humanidade e a deixa _______com relação ao futuro da vida na terra.”
a) espectativa – tensão – exitante;
b) espectativa – tenção – hesitante;
c) expectativa – tensão – hesitante;
d) expectativa – tensão – hezitante;
e) espectativa – tenção – exitante.
36 - Complete corretamente as lacunas:
“O _______ de veículos de grande porte, em
vias urbanas, provoca ________ no trânsito; forçando a que os motoristas dos
carros menores ________,muitas delas, completamente sem _________ ;
a) tráfico – infrações – inflijam – concerto;
b) tráfego – infrações – inflijam – conserto;
c) tráfego – inflações – infrinjam –
conserto;
d) tráfego – infrações – infrações –
conserto;
e) tráfico – infrações – infrações –
concerto.
Assinar:
Postagens (Atom)